Moradores de Ilhéus, localizada a 412 km de Salvador, começaram a vivenciar na segunda-feira, 18, o racionamento na distribuição de água potável, por meio da Empresa Baiana de Água e Saneamento (Embasa), com redução de oferta estimada em 15%. A medida vai afetar 24.100 dos 53.200 domicílios existentes no município.
Conforme nota distribuída pela Embasa aos consumidores, a medida é preventiva, "para garantir uma reserva e a continuidade do fornecimento de água, diante dos efeitos da estiagem prolongada e atípica que acontece na região".
Os moradores de 17 setores de abastecimento estão recebendo água em dias alternados e sendo orientados a usar o recurso de forma racional.
O agravamento da crise em Ilhéus levou o Ministério Público da Bahia (MP-BA) a apurar a escassez no rio Iguape, principal ponto de captação de água para abastecer o município, para diagnosticar se foi motivada por intervenções humanas e, neste caso, identificar e penalizar os responsáveis.
A ação da Promotoria de Justiça Regional de Ilhéus é reflexo de uma recomendação que o órgão expediu em dezembro do ano passado, para a adoção de providências que garantissem o uso prioritário da água para consumo humano.
A recomendação foi endereçada à administração municipal, à Embasa e também ao Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).
Recomendações
Conforme informou a coordenadora da Promotoria Ambiental Regional de Ilhéus, Aline Archangelo Salvador, será avaliado se as recomendações foram cumpridas e os motivos para o agravamento da situação, que já levaram ao racionamento.
O secretário municipal de Meio Ambiente, Antônio Vieira, disse que na semana passada aconteceu reunião extraordinária do Conselho Municipal de Meio Ambiente para discutir o problema da crise hídrica. "Uma nova captação será feita no rio do Engenho, para dar tempo de a barragem do Iguape se recuperar", pontuou.
A Tarde
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