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sábado, 19 de dezembro de 2015

Artigo: Servidão voluntária e governo Jabes

O governo Jabes iniciado no século passado vem construindo ao longo do tempo uma característica própria a sua imagem e semelhança, servidão voluntária. Servidão voluntária na obra o Discurso sobre a Servidão Voluntária (1577) de Étienne de la Boétie filósofo francês do XVI  teve em sua reflexão sobre a ascensão do poder real de sua época e a inibição das liberdades individuais, fazendo assim o autor destacar como ponto fundamental a liberdade humana, analisando o comportamento do povo perante costumes e hábitos já instituídos na sua época, e afirmando que é o próprio povo que se deixa oprimir, se escravizar, onde tem por natureza o direito pela escolha de ser livre, mas prefere ser escravo. Desta maneira, é o próprio homem que escolhe seu mal, pois quem abre mão da liberdade ganha à servidão e o medo da liberdade faz do homem um ser humano sem sentido e vazio, porém ser livre remete comitantemente à responsabilidade, e responsabilidade essa que é sem garantias. 

Sendo assim, o governo Jabes inibe a liberdade política e liberdade de expressão, primeiro manipulando a câmara de vereadores inibindo a liberdade dos mesmos em ser em favor do povo ilheense, esquece que cada indivíduos que compõe essa câmara tem a liberdade de escolher, o vereador Gurita "parece" que escolheu, de fato não sabemos, pois o jogo é tão obscuro que não podemos afirmar nada. O problema que nos parece aqui na câmara de vereadores é que eles escolhem, mas escolhem olhando para uma ótica própria ou por medo do "imperador", sobre isso Étienne nos diz claramente "a escolha é um dos pilares fundamentais e o poder desta escolha implica em uma grande responsabilidade", entretanto Étienne diz mais "a única coisa que o homem não quer é escolher/ser livre", pois essa ideia de ser livre implica em responsabilidade e a força do hábito impede o homem de ser livre e sim deixa-os escravizados, sim digo isso mesmo vereadores ilheenses são escravos do governo Jabes. Os comerciantes de Ilhéus sabe muito bem o problema da liberdade de expressão, pois após o ato contra as atitudes fiscais deste governo, sofreram algumas retaliações.


Responder a essa questão "ser livre" implica em uma discussão profunda que acabaremos no campo filosófico, devido a diversos fatores que contribuem para essa "não-liberdade". Essa provocação tem por finalidade para quem ler, prestar atenção nas táticas eleitoreiras do governo Jabes para 2016, ativando mais uma vez a servidão voluntária. De acordo com esse entendimento, já percebemos como funciona a tática do governo para 2016, vai utilizar a polarização, "crueldade", neste caso o discurso será o mesmo, Newton destruiu a cidade, deixou abandonada, e ele resgatou a cidade limpou o nome para receber benefícios federais, e o povo guiado como gado dirá sim verdade, Jabes fez e vai fazer muito mais. A polarização política é um ataque à ideia de reflexão e raciocínio, ela julga, ela grita, a polarização é um defeito grave e somente a liberdade como ato particular faz o homem encontrar-se com ele mesmo, deixando assim a prisão e a sedução da servidão voluntária e encontrando a liberdade e agindo com sua própria iniciativa.

Para encerrar, Étienne diz: "o povo sempre foi assim e sempre será" e "todos sabemos os males que o Imperador Nero realizou, mas depois da morte de Nero muitos diziam, as festas de Nero que eram boas, as carnes de Nero que eram boas". 

Vem aí 2016, e com ele a servidão voluntária, carnaval antecipado, entrega de frangos e viva a nossa falsa liberdade.

Franklin Deluzio é graduado em Filosofia pela Universidade Estadual de Santa Cruz e editor do site ilheus.net

Referencias Bibliográficas
DE LA BOETIE, E. (1577), Discurso da servidão voluntária - São Paulo: Brasiliense,1999.

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