O quadro de economia esfacelada, com desemprego crescente, concursos sob restrições, confiança zero e difícil perspectiva de recuperação em 2016, a autorização do Ministério do Planejamento para o IBGE contratar até 82.023 pessoas, via seleção simplificada, é um oásis no meio do deserto chamado Brasil.
Mesmo a contratação sendo temporária, por até três anos, a seleção, autorizada por portaria do último dia 14, tem tudo para atrair imenso contingente de candidatos, principalmente desempregados, subempregados e informais, bem como quem está se preparando para conquistar um emprego público efetivo, por meio dos concursos. O próprio IBGE fará um, para selecionar 600 funcionários permanentes, dos níveis médio e superior.
Note-se que há oportunidades – a serem divididas em três editais – em todo o país, para quem completou os cursos fundamental (antigo 1º grau), médio e superior. A contratação provisória de até 82.023 pessoas se faz necessária para a execução do Censo Agropecuário de 2016, indispensável para definição das políticas públicas no setor.
A maior oferta, de até 62.400 vagas, é para recenseador, aquele que faz o trabalho de pesquisa no campo, com exigência apenas do ensino fundamental, sem necessidade de experiência. Também são significativas as necessidades de agentes censitários supervisores e agentes censitários municipais, de 12.540 e 5.500 pessoas, respectivamente.
Os contratados terão salários que chegam a R$7.166 (até R$3 mil no nível médio, enquanto no fundamental ganha-se por produção) e a certeza de que, boa parte deles, ultrapassará um ano de trabalho no IBGE, pois as atividades dos censos não se encerram com o término da pesquisa no campo, prosseguindo internamente, por bom período. Logo, esta é, sem dúvida, uma ótima oportunidade de trabalho, e também para conhecer melhor as características do país e ganhar experiência para outras funções.
Fonte: Folha Dirigida
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