A prefeitura do Rio de Janeiro já elegeu o
seu primeiro grande adversário para as Olimpíadas de 2016, que terá como
palco a Cidade Maravilhosa a partir do dia 5 de agosto – data da
cerimônia de abertura oficial do evento. Mas não se trata de um grande
maratonista queniano ou de um ginasta invencível do leste europeu. O
principal inimigo sequer disputa medalhas: trata-se do zika vírus,
transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti, o mesmo transmissor
da dengue.
No mundo, há um temor de que a epidemia do vírus possa
ganhar maiores proporções durante os Jogos. Prova disso foram os
recentes alertas emitidos dos governos de países como Estados Unidos e
Canadá, solicitando que mulheres grávidas não compareçam ao Brasil no
período do evento. As Olimpíadas tem como tradição reunir milhares de
fãs e turistas espalhados por todo o mundo, independentemente do país em
que é realizada. A expectativa é que esse panorama não se altere no
Brasil em 2016.
A preocupação dos países citados com relação às mulheres
grávidas se dá em decorrência da associação do zika vírus com a
microcefalia, entretanto, a prefeitura e as autoridades responsáveis do
Rio de Janeiro já trabalham de forma preventiva para conter o avanço do
vírus. Já está em curso um processo de vistoria nas instalações
olímpicas, cujo o intuito central é eliminar potenciais criadouros do
mosquito, também propulsor da dengue e do chikunguya.
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Em nota enviada à emissora BBC, que se propôs a abordar o delicado
tema, a prefeitura do Rio de Janeiro adiantou que a partir do mês de
abril, isto é, quatro meses antes dos Jogos, intensificará o trabalho de
vistoria e dará atenção especial às obras que já estarão em fase final
de conclusão. Tudo para que elas não funcionem como uma espécie de
auxílio para a proliferação do perigoso mosquito.
Atualmente, cerca de 3 mil agentes vinculados à prefeitura da capital
carioca trabalham visando conter o avanço do Aedes aegypti.
Oficialmente, ainda não se sabe se esse número de funcionários será
ampliado com a maior proximidade dos dias de evento. Por outro lado,
quando faltar apenas um mês para a largada das Olimpíadas,
a organização promoverá uma grande operação: uma extensa vistoria nas
instalações dará um parâmetro sobre a necessidade de “borrifar”
inseticida por meio de caminhonetes, o chamado fumacê.
E após o início?
A partir do dia 5, data da abertura oficial, as competições, e em
diferentes modalidades, tomarão conta do Rio de Janeiro e envolverão
milhares de turistas. Com relação ao zika vírus, a preocupação dos
organizadores aumenta, na medida em que está absolutamente descartada a
possibilidade da aplicação do inseticida nas proximidades e no interior
dos ginásios e locais das disputas.
O grande temor é justamente por se tratar de um produto
potencialmente químico, que pode prejudicar a saúde tanto dos atletas
como do público presente nas arenas. “É um produto químico não
recomendado para ambientes que estejam com um grande aglomerado de
pessoas”, diz a nota do Rio de Janeiro enviada à BBC.
Faltando menos de sete meses para os jogos, o Rio demonstra estar
atento e em sintonia com a necessidade de se proteger do Aedes aegypti. E
na disputa de eliminar o mosquito e oferecer ótimas condições aos
atletas e ao público, a torcida é para que a Cidade Maravilhosa ganhe
medalha de ouro.
blastingnews.com
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