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sábado, 26 de março de 2016

Bahia é líder em casos de tuberculose no Nordeste

A OMS-Organização Mundial da Saúde promove hoje uma mobilização global visando o combate à tuberculose, na data mundial consagrada ao combate à enfermidade. Segundo a OMS, o Brasil ocupa a 18ª posição entre os 22 países que detêm os piores índices da doença, com aproximadamente 70 mil casos novos e cerca de quatro mil mortes por ano. Salvador é a 3ª capital em número de casos da patologia, com uma média de duas mil novas notificações a cada ano. A Bahia é o 3º estado com maior número de registros no país e o primeiro no Nordeste.

Em 2014, foram notificados 4.900 casos novos de adoecimento e 351 óbitos por tuberculose, significando uma taxa de incidência de 33 casos por 100 mil habitantes, e de mortalidade, com 2,3 casos por 100 mil habitantes. O IBIT-Instituto Baiano de Investigação da Tuberculose - referência internacional sobre a enfermidade, notificou no ano passado 236 pacientes em Salvador, número que corresponde a 11% dos casos do município, com índice de cura de 87,7% e 3% de abandono do tratamento, índice superior ao exigido pela OMS.

Para alertar a população sobre a importância da realização do exame para detecção precoce do agravo, a Secretaria Municipal da Saúde promove durante essa semana uma série de atividades em alusão à data mundial nos postos da rede. Segundo Sandra Pereira, coordenadora do Programa Municipal de Combate à Tuberculose, “realizaremos a busca ativa de pessoas com sintomas respiratórios nas comunidades, além de ações educativas nas unidades básicas a fim de encaminhar de imediato o maior número de pacientes acometidos pela patologia para iniciar o tratamento”. Conforme a coordenadora, “as unidades básicas estão aptas para o acompanhamento integral dos acometidos pela doença, por uma equipe multidisciplinar, num tratamento totalmente gratuito que dura seis meses, em média”.


Visando “detectar, diagnosticar e curar, prevenindo a drogarresistência”, a Sesab também assinala hoje o dia consagrado ao combate à endemia com uma série de atividades, por meio do PCT-Programa de Controle da Tuberculose, em conjunto com entidades parceiras, como o IBIT, Fiocruz, Instituto de Saúde Coletiva da UFBA e Obras Sociais Irmã Dulce. Segundo a coordenadora do PCT, Rosângela Palheta, “a data é um estímulo à mobilização mundial, nacional, estadual e municipal para a realização de ações que deem visibilidade ao problema da tuberculose”.

Entre as atividades previstas estão palestras no IBIT, que acontecem desde segunda-feira e serão concluídas hoje. Ontem, houve uma Sessão Científica Especial no auditório da instituição, sob o tema “Teste Rápido Molecular no diagnóstico da tuberculose: impactos e novas perspectivas”. O teste de alta precisão apresentado é capaz de detectar a doença em até duas horas, enquanto o exame usado até hoje pode demorar mais de um mês para dar o resultado e sob maior margem de erro. Na segunda-feira, 28, às 14 horas, na Assembleia Legislativa da Bahia, acontece debate sobre o tema “Em tempo de Zika, a tuberculose fica” e, na quarta-feira, 30, também às 14 horas, no auditório do ISC-Instituto de Saúde Coletiva, da UFBA, acontece o seminário “Tuberculose: o que há de novo?”, enfocando questões como tuberculose e diabetes, tuberculose na infância, tecnologias da informação e da comunicação no controle da doença.  
  
O cenário epidemiológico da tuberculose na Bahia não apresenta mudanças significativas, dada a existência de bolsões de pobreza em todas as regiões do estado, fator determinante para a ocorrência da patologia. Apesar disso, observa-se redução no número de casos e na taxa de incidência a cada ano, conforme situação também notada nos dados de âmbito nacional. Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia permanecem com o maior número de casos, representando 44,5% do total de casos novos do Brasil em 2013. Comparando com os demais estados do Nordeste, a Bahia contribuiu com 24,8% dos casos novos em 2013, ocupando o 1º lugar na região.
 
Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia permanecem com o maior número de casos, representando 44,5% do total de casos novos do Brasil em 2013. Comparando com os demais estados do Nordeste, a Bahia contribuiu com 24,8% dos casos novos em 2013, ocupando o 1º lugar na região. No Brasil, entre as populações mais vulneráveis estão pessoas em situação de rua, as privadas de liberdade, indígenas e as contaminadas por HIV.

IG

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