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sexta-feira, 29 de abril de 2016

Diário de Pernambuco mostra as belezas de Ilhéus

Foto: Alfredo Duraes/EM/D.A. Press
Foto: Alfredo Duraes/EM/D.A. Press
Imortalizada pelas obras de Jorge Amado, Ilhéus é como uma cidade pequena do interior, mas com um mar para chamar de seu. Há balneários que ficam bem pertinho do centro e que são um recanto de tranquilidade. Mas o que encanta mesmo no município ao sul da Bahia, que fica a 460km de Salvador, é a história impressa nas ruas e na área rural do lugar conhecido como a “princesinha do sul”.
Muito marcada pelas épocas das capitanias hereditárias e do coronelismo, Ilhéus preserva alguns pontos históricos importantes. Mas ainda faltam políticas públicas que ajudem a manter esses locais atraentes para o turista. O Instituto Nossa Senhora da Piedade – convento que hoje abriga um colégio —, por exemplo, precisaria passar por reformas para voltar a ser como antigamente.
Outros pontos turísticos, no entanto, estão bem conservados. Inspirado na famosa casa de shows de Paris e um dos cenários do romance Gabriela, cravo e canela, de Jorge Amado, o Bataclan mantém viva a história dos coronéis de cacau da região baiana que iam ao local em busca de diversão. Atualmente, funcionam no edifício um restaurante e uma loja de chocolates. A construção passou por reformas ao longo dos anos, mas preserva características originais – especialmente na fachada – de sua época de ouro, entre 1926 e 1938, até os cassinos serem proibidos no Brasil.
Na parte de trás do edifício, José Delmo recebe turistas que querem saber mais sobre a história de Ilhéus. Em uma sala com fotos da cidade e objetos históricos, o artista explica, de maneira teatral, desde o funcionamento do sistema de capitanias hereditárias até a crise do cacau. As visitas acontecem entre as 10h e as 17h e o valor da contribuição é de acordo com o turista. O Bataclan fica na Avenida 2 de julho, no centro.
» Sistema administrativo
As capitanias hereditárias foram um sistema de administração territorial criado pelo rei de Portugal, D. João III, em 1534. Esse sistema consistia em dividir o território brasileiro em grandes faixas e entregar a administração para particulares (principalmente nobres com relações com a Coroa Portuguesa).

A Catedral de São Sebastião é motivo de orgulho para os moradores. Com estilo barroco, tem vista para o belo mar da Bahia. Foto: Alfredo Duraes/EM/D.A. Press
A Catedral de São Sebastião é motivo de orgulho para os moradores. Com estilo barroco, tem vista para o belo mar da Bahia. Foto: Alfredo Duraes/EM/D.A. Press
O Bar Vesúvio, tombado pela Prefeitura Municipal de Ilhéus como patrimônio histórico, é outro prédio bem preservado. Fundado em 1910, também foi palco da obra Gabriela, cravo e canela. Depois de conhecer o Vesúvio e provar o famoso quibe, o turista só precisa atravessar a rua para visitar a Catedral de São Sebastião. A igreja atual foi construída no lugar da capela de São Sebastião, demolida em 1927, após muita discussão entre os políticos e as figuras importantes da época. Fica na Praça Dom Eduardo, no centro.


A casa onde Jorge Amado viveu com a família é o museu do escritor. Foto: Gidelzo Silva/Prefeitura Municipal de Ilhéus
A casa onde Jorge Amado viveu com a família é o museu do escritor. Foto: Gidelzo Silva/Prefeitura Municipal de Ilhéus
Como ex-morador e figura importante de Ilhéus, Jorge Amado não poderia deixar de ter um espaço para contar sua história. Na casa em que o escritor cresceu funciona o museu com fotos e objetos que pertenceram a ele. O palacete foi construído pelos pais de Jorge Amado, depois que a família ganhou um prêmio da Loteria Federal, em 1926. A entrada custa R$ 5 e o museu funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 13h e das 14h às 18h, e aos sábados, das 9h às 13h. Fica no Quarteirão Jorge Amado, 21, no centro.
Sossego em família
Apesar de toda a história presente na cidade, a maioria dos turistas prefere mesmo se hospedar nos resorts distantes do centro. Esses complexos atraem famílias que, durante as férias, buscam comodidade e tranquilidade. Os principais resorts de Ilhéus estão a, no mínimo, 20km do coração da cidade. Apesar da distância, se o turista não quiser conhecer o centro, ele encontra tudo o que precisa no próprio hotel: praia, restaurantes, piscinas e centro de lazer para as crianças e para os adultos.

Para aproveitar os dias com mordomias, há resorts confortáveis. Foto: Melhor Embarque/Reprodução
Para aproveitar os dias com mordomias, há resorts confortáveis. Foto: Melhor Embarque/Reprodução
Um dos resorts de Ilhéus é o Cana Brava. Com serviço all inclusive – em que refeições e bebidas estão incluídas no preço das diárias – e em funcionamento há três anos, o hotel é recomendado para as famílias que querem relaxar nas férias. Com atividades que se encerram às 22h, os pais podem aproveitar as praias ou piscinas enquanto as crianças ficam com a equipe de recreação. Ideal para quem não quer badalação. Mais informações em www.canabravaresort.com.br/.
Da folha à casca do fruto
Os primeiros plantios de cacau foram feitos no ano de 1752 e as mudas extraídas no estado do Amazonas. Foto: Alfredo Duraes/EM/D.A. Press
Os primeiros plantios de cacau foram feitos no ano de 1752 e as mudas extraídas no estado do Amazonas. Foto: Alfredo Duraes/EM/D.A. Press
A história do cacau se confunde com a da cidade. Em 1752, foram feitos os primeiros plantios em Ilhéus. A iniciativa trazida do Amazonas gerou riqueza para os coronéis, mas a praga vassoura de bruxa e o declínio do preço do produto no mercado internacional impactaram o negócio.
Depois da crise, os ilheenses aprenderam a usar todas as partes do fruto. Além disso, algumas fazendas de cacau tonaram-se destino turístico na tentativa de complementar a renda familiar. Duas delas começaram a oferecer passeios para os visitantes que querem conhecer um pouco mais sobre a produção cacaueira e sobre a história da região.
Na Fazenda Yrerê, o visitante é acompanhado por um produtor da região, que conta desde o tempo áureo do cacau até a maneira correta de se plantar o cacaueiro. Depois de todas as explicações, é hora de degustar o fruto e provar algumas iguarias, como o chocolate e o suco de cacau.
Todos os recursos do cacau passaram a ser usados como matéria-prima quando a renda gerada pelo fruto começou a cair. O chocolate de origem, por exemplo, ganha cada vez mais espaço na região e no Brasil. Antes, o cacau saía do país e o chocolate era produzido no esterior para depois ser importado de novo como produto final. Agora, o fruto fica em Ilhéus, dando mais oportunidade para os pequenos agricultoreslocais.
Festival
Outro produto famoso na região é a geleia de cacau, considerada um expectorante natural. Licores e outras bebidas feitas com o fruto são produzidos e comercializados na própria cidade. No mês de junho, Ilhéus recebe visitantes de todo o Brasil e de outras partes do mundo durante o Festival Internacional do Chocolate e Cacau. O evento reúne, em quatro dias, pessoas em busca de negócios, capacitação e interessados em conhecer mais os sabores do chocolate local. Mais informações em festivaldochocolate. com/bahia/2015/.

» Serviço
Fazenda Yrerê
Rodovia Ilhéus/Itabuna km 11
www.facebook.com/FazendaYrere

Fazenda Primavera
Rodovia Jorge Amado km 20
(73) 8818-3207/9983-7627

» Para conhecer
Praia do Sul
A 4 km do centro. A entrada é logo depois do Opaba Hotel.

Praia dos Milionários
A 8 km do centro. É uma das famosas e populares de Ilhéus.

Praia do Cururupe
A 12 km do centro. O início é logo depois do Morro dos Navegantes e o Rio Cururupe.

Praia de Olivença
A 6km do centro. Conta com areia branca e fina e a sombra dos coqueiros.

Praia Backdoor
A 18 km do centro. Paraíso para surfistas, mas também ótima para os banhistas.

Praia de Batuba
A 18,5 km do centro. Tem ótima estrutura de barracas e programação de shows ao vivo e danças.

Fonte: Diário de Pernambuco
Matéria originalmente publicada pelo site Diário de Pernambuco

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