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segunda-feira, 23 de maio de 2016

Baiana de Ilhéus pode virar nome de rua em SP

A fundadora do primeiro terreiro de Candomblé de São Paulo pode ganhar uma rua com seu nome. O vereador Toninho Vespoli (Psol) protocolou um Projeto de Lei que, se aprovado na Câmara de São Paulo, irá transformar a Rua Ruiva, na Brasilândia, em Rua Manaundê, em homenagem à Mãe Manaundê. 

Baiana de Ilhéus e filha de escravos, Julita Lima da Silva, Mãe Manaundê, fundou o terreiro em 1962. A mãe de Manaundê era angolana, e o local é da variante bantu. A fundadora morreu em 2004.

O terreiro foi registrado em cartório com o nome de Tenda Espírita Oiá Dilê e hoje se chama Terreiro de Candomblé Santa Bárbara. O local é considerado patrimônio imaterial do estado de São Paulo.

Para conseguir protocolar o projeto na Câmara, o vereador precisou de assinaturas de moradores da rua para mostrar que a mudança tinha apoio. A mãe-de-santo Pulquéria, hoje herdeira do terreiro, foi atrás de algumas assinaturas, inclusive em duas igrejas evangélicas da rua. “Todo mundo me conhece, todo mundo assinou”, disse Pulquéria.

Pulquéria acredita que a mudança ajuda a combater o preconceito contra as religiões de origem africana. “Eu tenho certeza que essa mudança vai fazer com que as outras pessoas também corram atrás de outros legados”.

Toninho Vespoli disse que é uma “homenagem merecida” e que o pedido foi feito por Walmir Damasceno, coordenador nacional do Instituto Latino Americano de Tradições Afro Bantu.

O Projeto de Lei irá passar por análise em comissões da Câmara. Se passar, precisa ser aprovado pelos vereadores em dois turnos para depois ir à sanção do prefeito.


G1/BA


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