O ano de 2016
vai ser de mais enxugamento do quadro de funcionários da Petrobras. Mas, dessa
vez, o foco serão os empregados concursados e não mais os terceirizados,
desligados em massa ao longo deste ano, segundo executivo da empresa, que não
quis se identificar. A empresa abriu mais uma oportunidade para 610
funcionários que chegaram a se inscrever no Plano de Incentivo ao Desligamento
Voluntário (PIDV) lançado há dois anos, porém, desistiram.
Esse grupo de empregados
desistentes é o atual foco da companhia. Para eles, foi lançada uma segunda
fase do PIDV de 2014, aberta até esta segunda-feira, 21. Apenas quem já havia
se inscrito podia se candidatar. Os demais vão ter que esperar pelo lançamento
do segundo plano de desligamento. Segundo a Petrobras, 7.634 empregados
aderiram ao programa, dos quais 5.674 já deixaram a empresa e 1.350 vão sair
até junho de 2017.
Oficialmente, a Petrobras nega que
esteja previsto um segundo PIDV para o ano que vem. Mas, segundo a fonte, como
não há como reduzir mais o quadro de terceirizados, no ano que vem, a direção
da empresa vai trabalhar para diminuir o número de concursados. As mudanças vão
ser um desdobramento da reestruturação interna que está sendo conduzida pela
diretoria e periodicamente apresentada ao conselho de administração.
Endividamento
O último PIDV da Petrobras foi
lançado em janeiro de 2014, quando a petroleira já lutava contra o alto
endividamento e demonstrava preocupação em ajustar suas finanças, mas ainda não
estava afundada na crise como agora. Os problemas de caixa se agravaram à
medida que avançou a Operação Lava Jato, da Polícia Federal, e também que o
dólar se valorizou em comparação ao real, ampliando a sua dívida.
Em um primeiro momento, a ideia era apenas reduzir os custos
operacionais. Mas, diante da estratégia de administração do atual presidente,
Aldemir Bendine, de construir uma "nova Petrobras", mais enxuta e com
foco na exploração e produção de petróleo e gás, o PIDV ganhou relevância. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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